Já disseram que você é feliz? Em cima desse questionamento, o Bispo Zé
Bruno, vocalista da banda Resgate e pastor da igreja Casa da Rocha
elaborou pequenos programas, que não chegam a cinco minutos, pregando e
nos fazendo pensar sobre a vida, felicidade, a busca incessante de
riquezas e prosperidade. A cada semana postaremos um programa. Vale a
pena assistir!
segunda-feira, 27 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Você já sentiu saudade do futuro?
“Saudade”. Sem dúvida uma das mais
belas palavras de nossa língua. Uma das únicas que não podem ser
traduzidas para nenhum outro idioma. Apesar disso, este sentimento é
comum a todos os povos e culturas. Temos saudade do que passou, de
pessoas que se foram, de experiências que vivemos, e até daquilo que
fomos um dia.
Mas, sem embargo, a pior das saudades é a saudade do futuro.Como é possível sentir saudade do que ainda não vivemos? Que sentimento é esse? Imaginemos uma mulher grávida, que subitamente aborta o filho. Mesmo sem
nunca tê-lo embalado em seu colo, nem tê-lo visto, o que ela sente é
saudade. Não é saudade da barriga preponderante, mas de um futuro que
jamais se concretizará. Saudade de toda expectativa investida. Saudade
de um choro de criança que ela jamais ouvirá.
É uma sensação estranha, porém, real. Cada momento que vivemos está
grávido do futuro. O futuro é fruto do casamento entre a eternidade e o
agora.Às vezes temos a sensação de que o futuro foi abortado. É esta sensação
que produz em nós um tipo de nostalgia. Era disso que Carlos Drummond de
Andrade falava em seu poema: “Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.” E ninguém em minha geração externou isso de maneira tão poética do que Renato Russo. Em uma de suas canções, ele confessa: "Tenho saudades de tudo que ainda não vi."
O sábio Salomão diz que Deus “pôs a eternidade no coração dos homens”
(Ec.3:11). Em outras palavras, Deus fecundou nossa alma com a semente
da eternidade. Nosso corpo está sujeito ao tempo, mas nossa alma nos
conecta diretamente à eternidade. E é por isso que Paulo declarou: “Por isso não desfalecemos. Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co.4:16).
Se a fé nos conecta à eternidade, a esperança nos conecta ao futuro.
Há situações que enfrentamos em nosso dia a dia que parecem destruir
nossa esperança. Aos poucos, a esperança vai cedendo lugar ao desespero.
E quando isso acontece, não é apenas o corpo que se consome, mas também
o homem interior. Jó experimentou isso na pele e na alma:
“O meu espírito vai-se consumindo, os meus dias vão-se apagando, e só tenho perante mim a sepultura”. Jó 17:1
Isso me lembra uma cena do filme “De volta para o futuro”, em que o
protagonista volta ao passado, e percebe que uma foto que ele trouxera
do futuro está se apagando, pelo fato de seu passado estar sendo
alterado, e seu futuro comprometido. Não há como retornar ao passado para alterar o presente ou o futuro. Mas podemos viver o presente comprometidos com o futuro.
Quando vivemos sem qualquer perspectiva, nosso espírito vai se
consumindo, quando a vontade de Deus é que ele se renove dia após dia. É
nosso homem exterior que se corrompe com o tempo. Nosso espírito tem
que ser constantemente renovado. A esperança é a fonte da juventude,
onde nosso espírito deve mergulhar para manter-se sempre jovem e
disposto. Se nosso espírito for consumido pela falta de perspectiva,
nossos dias desbotarão, e a vida perderá sua cor. Então, só nos restará
uma possibilidade: a sepultura.Nossos dias se apagam, quando nosso futuro se desvanece. Quando já não temos expectativas, nem esperança. Era assim que Jó se sentia.
“ Os meus dias passaram, malograram-se os meus propósitos, e as aspirações do meu coração (...). Se a única casa pela qual espero for a sepultura, se nas trevas estender a minha cama, se à corrupção clamar: Tu és meu pai; e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã, onde estará então a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver?” Jó 17:11,13-15
Lembremo-nos que a fé que nos conecta à eternidade. Mas é a esperança
que nos impulsiona para o futuro. Quando a esperança se esvai, temos que
recorrer à fé. Paulo diz que não devemos atentar “nas coisas que se
vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as
que não se vêem são eternas (...). Andamos por fé, e não por vista”
(2 Co. 4:18; 5:7). O futuro não pode ser abortado, mas a esperança sim.
E se ela tem sido sabotada pelas circunstâncias adversas, somente a fé
poderá restaurá-la.
Foi o que aconteceu a Abraão, que “em esperança, creu contra a
esperança, que seria feito pai de muitas nações (...). E não enfraqueceu
na fé, nem atentou para o seu próprio corpo amortecido”
(Rm.4:18a,19a). Soa estranho para nós alguém crer contra a esperança.
Mas o fato é que a fé deve ter primazia sobre a esperança. Ela nos faz
acessar a eternidade, onde o futuro já é presente, um presente que ainda
não foi desembrulhado.
Na definição do autor sagrado, “a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (Hb.11:1). Nossa fé deve estar voltada para Aquele que “chama a existência as coisas que não são, como se já fossem”
(Rm.4:17). O que ainda será na perspectiva do tempo, já o é na
eternidade. Crer contra a esperança, é, ao mesmo tempo, crer aliado à
esperança. É transcender o tempo e o espaço, e vislumbrar a eternidade.
Fonte e autoria: Hermes Fernades
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Já disseram que você é feliz? EP. 02
Já disseram que você é feliz? Em cima desse questionamento, o Bispo Zé Bruno, vocalista da banda Resgate e pastor da igreja Casa da Rocha elaborou pequenos programas, que não chegam a cinco minutos, pregando e nos fazendo pensar sobre a vida, felicidade, a busca incessante de riquezas e prosperidade. A cada semana postaremos um programa. Vale a pena assistir!
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