Meu critério pessoal, hoje, de atribuir amizade a alguém, é muito simples: vejo quem se alegra com minhas alegrias, e chora com minhas dores.
No entanto,
quando se trata de estabelecer uma nova amizade, primeiro vejo se ela
tem “espírito” para se alegrar com minhas alegrias; pois, somente depois
disto, é que terei confiança de fazê-la parte de minhas tristezas.
Ora, isto tanto se baseia no ensino espiritual do Evangelho, como também é uma simples constatação da vida.
No espírito do
Evangelho, Paulo ensina: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai
com os que choram”. Assim, a gente só sabe quem chora genuinamente com a
gente, se tal pessoa, tendo tido a oportunidade, já se alegrou
sinceramente com nossa felicidade.
Na vida é a
mesma coisa. Amigos que fazem cara de inveja ou mostram atitudes
estranhas quando a gente está bem, não merecem fazer parte de nossas
tristezas.
Somente “amigos
mesmo” é que podem entrar no santuário de nossas dores. Inverter esta
ordem, é como convidar o diabo para presidir a Santa Ceia do coração.
Todavia, embora
eu já houvesse até pregado e escrito sobre isto, sempre a partir da
Palavra, foi quando a Palavra se tornou existência, dor, perda,
angustia, medo, solidão e sentimento de desprezo, que vim a entender,
com o coração, qual é a constituição de um verdadeiro amigo, e o
sentimento sentido do significado das palavras de Paulo.
Os que tiveram
chance e se alegraram muito com minhas alegrias, foram os mesmos que
efetivamente estavam presentes em minhas tristezas; e sempre
solidariamente me falaram a verdade..
A esses eu chamo amigos, significando não um tratamento de palavras, mas um tratamento de vida, e carinho grato e comprometido.
Fonte: Caio Fábio
Boa Noite! Gostei demais do blog de vocês! Que Deus continue abençoando todo este trabalho!
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