segunda-feira, 29 de abril de 2013

As boas novas do evangelho num mundo de más notícias




E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. (Mateus 24:14)


O mundo está empapuçado de más notícias. Tem um prazer mórbido de se alimentar com as informações dragadas do submundo do crime, da corrupção e da violência. Notícia boa não vende jornal nem desperta interesse. O homem corrompido refestela-se com os petiscos imundos do pecado. É nesse contexto de mazelas e decadência que Paulo escreve sua carta aos Romanos, para falar do evangelho. Destacamos, aqui, algumas lições:

Em primeiro lugar, qual é a natureza do evangelho
O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. Sem qualquer mérito existente nesse homem, Deus o amou. Mesmo sendo inimigo de Deus, o próprio Deus caminhou na sua direção para reconciliá-lo consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido. É Deus abrindo para o pecador um novo e vivo caminho para o céu. O evangelho é a expressão da graça de Deus, manifestada em Cristo, aos pecadores perdidos.

Em segundo lugar, quais as atitudes que devemos ter em relação ao evangelho
O apóstolo Paulo assumiu três atitudes importantes em relação ao evangelho. “Eu sou devedor” (Rm 1.14). “Eu estou pronto a anunciá-lo” (Rm 1.15). “Eu não me envergonho” (Rm 1.16). Somos devedores porque Deus nos confiou esse tesouro e não podemos retê-lo apenas para nós. Precisamos ser mordomos fiéis na entrega fiel dessa mensagem salvadora. Devemos estar prontos a anunciar o evangelho em todo tempo, em todo lugar, a todas as pessoas, de todas as formas legítimas, usando todos os recursos disponíveis. Não podemos nos envergonhar dessa mais importante mensagem, a boa nova de que Deus nos amou e enviou seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!

Em terceiro lugar, qual é a eficácia do evangelho
O evangelho é o poder de Deus para a salvação. Porque Deus é onipotente, o evangelho também o é. Não há outra alternativa para o homem ser salvo a não ser pelo evangelho. Não há pecador tão arruinado moralmente e tão perdido espiritualmente que o evangelho não possa alcançá-lo. O evangelho não é um poder destruidor. É o poder de Deus para a salvação. É o poder que levanta o caído, que encontra o perdido e dá vida ao que está morto em seus pecados. O evangelho revela-nos que a salvação está em Cristo e somente nele. Nenhuma religião pode salvar o homem. Nenhum credo religioso pode reconciliar o homem com Deus. Nenhum sacrifício ou obra humana pode aliviar a consciência do pecador nem mesmo conduzi-lo à salvação.

Em quarto lugar, qual é a exigência do evangelho
O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. O evangelho de Cristo oferece salvação a todos sem acepção, mas não a todos sem exceção. Há uma limitação imposta. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e não para aqueles que permanecem incrédulos e impenitentes. A ideia de que no dia final todos serão salvos está absolutamente equivocada. A salvação universal, ou seja, para todos sem exceção é uma grande falácia. O evangelho é a melhor notícia, vindo do céu, da parte do próprio Deus, acerca da salvação eterna em Cristo Jesus, oferecendo-nos redenção, remissão de pecados e vida eterna. Sabendo disto precisamos tomar duas atitudes:

Primeira, recebermos com gratidão, pela fé, essa gloriosa oferta. Segunda, comprometermo-nos a proclamar essa mensagem com senso de urgência, no poder do Espírito Santo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Conspiração contra a Livre Opinião

Alguns artistas brasileiros, tais como: Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Wagner Moura, Yasmim Brunet, demonstraram por meio de frases de efeito e carícias em público, suas criticas a permanência do atual presidente da CDHM(Comissão de Direito Humanos e Minorias) da Câmara Federal o Deputado Pastor Marcos Feliciano. O fato tem tido o leviano amparo da imprensa brasileira - que não percebe que o Deputado esta sendo duramente atacado apenas por ter expressado algumas frases infelizes -
Não podemos esquecer, que a livre opinião está protegida pela constituição brasileira (Artigo 5°), e que vivemos uma democracia.

Nenhum cidadão pode, num estado democrático de direito ter sua opinião cerceada. Alguns sóbrios jornalistas se sentem patrulhados em suas opiniões, dizem e escrevem apenas o que é politicamente correto. E isto evidencia uma fragilidade em nossa democracia, o que demonstra nossa imaturidade.

Acho que o Deputado foi infeliz em varias de suas colocações. E a maioria dessas afirmações aconteceram em lugar restrito, a que se sabe, em igrejas evangélicas. Imagine eu indo visitar um lugar restrito de um grupo filosófico. É natural que lá irei ouvir coisas que talvez não concorde e nada poderei fazer contra. Pois opinar e exprimir pensamento sobre qualquer coisa é um direto inalienável garantido constitucionalmente (Artigo 5° da Constituição 1988). Ainda que não seja em ambiente restrito o direito deve ser preservado.

Não posso ser tratado como homofóbico ao dizer que não concordo com o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Pois do ponto de vista da fé bíblica, o casamento tradicional acontece somente entre um homem e uma mulher. E que a família é constituída através de um ato de amor; que a procriação se resulta exclusivamente de uma forma biológica: o sexo heterossexual. Fundamento-me na bíblia. Se você pensa diferente disso eu devo te respeitar e preservar seu direito de expressar sua opinião.

Acho realmente, que a sociedade precisa outorgar o direito de duas pessoas do mesmo sexo: que resolveram viver como “par”, protegerem o patrimônio que conquistaram juntos. Vamos imaginar que parceiros (as) do mesmo sexo constituem juntos patrimônio, um deles morre, se os bens conquistados estiverem em nome do que faleceu, o parceiro que batalhou junto pode ser prejudicado. É obvio que isso não é justo! Por isso, acho que a parceria precisa de proteção legal. Mas essa parceria não poderá ser chamada de casamento e abençoada pela igreja como matrimônio. Querem viver juntos como par? Vivam! E se for possível sejam felizes. Porém, a opinião genuína da igreja sobre esse assunto deve ser bíblica. E a bíblia diz que relação sexual entre pessoas do mesmo sexo é pecado ( Gen 19:1-13; Lev 18:22; Rom 1:26-27 e 1Cor 6:9 ). E não existe alguém sobre a face da terra com poder para alterar o que esta escrito.

Quanto ao deputado Marco Feliciano, acho que ele deve permanecer na CDHM. Afinal, é um direito legítimo e qualquer ato ou manobra para tirá-lo da presidência pelos motivos alegados, é sem dúvida alguma, uma retaliação ao estado democrático de direito. Acredito que depois desse linchamento ele irá corrigir (se houver e querer) seu problema homilético, hermenêutico e exegético. Que trará mais eficiência para as suas exposições. Como pastor, ele defende sua teologia e a aplica da forma como acredita. Porém, há pontos fundamentais que são inegociáveis do ponto de vista bíblico, e eles se convergem com a visão da maioria dos cristãos no Mundo.

Não existem apenas evangélicos com opinião diferente dos homossexuais. Estão na lista Católicos tradicionais, Carismáticos, Ortodoxos, Mulçumanos, Mórmons, Testemunhas de Jeová, várias seitas orientais, e várias alas do espiritismo. Além de alguns sem confissão religiosa que também são contra. O respeito a essas opiniões deveria ser praticado pelos ativistas Gays. Uma grande parte da sociedade brasileira tem essa posição e não podemos aceitar que os ideais dos ativistas nos desçam garganta abaixo.

Não há como dizer que o Deputado é racista por colocar uma frase em seu Twiter. Vale lembrar que ele é negro, seus pais são negros, e não tem lógica interpretarmos a frase escrita como um posicionamento racista, já que não temos o contexto todo do que ele estava comunicando. Não tem lógica essa acusação! Não sei se o Deputado será um bom presidente do CDHM, mas ele tem o direito de concluir seu mandato. Ao contrário disso, seria pisar com os pés sujos sobre a Constituição Brasileira. O linchamento à Feliciano é injusto. Corremos o risco de sermos os próximos, se continuarmos a permitir o desrespeito a  Carta Magna de 1988.

Se existe uma parte da sociedade que deseja proteger seus direitos civis, que lutem com ética e civilidade! Estamos num estado democrático de direito. Agora, o linchamento a quem expressa uma opinião é um grande retrocesso. Ser criminalizado por dar uma opinião sobre esse tema e a qualquer outro é muito triste para o povo brasileiro. Povo esse que lutou tantos anos contra a ditadura. O que deve ser criminalizado mesmo: é a violência e a agressão em qualquer nível ao ser humano.

Encerro um pouco triste com o Brasil, eu pensei por muito tempo que éramos livres para expressar nossas opiniões ainda que polêmicas.

Autor: Bispo Cesar Brazil
Fonte: Guia-me

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia debatem em programas de TV sobre o homossexualismo dentre outros assuntos

Pastor Silas Malafaia no Programa Super Pop
 "Ativistas gays não suportam questionamentos"



Pastor Marco Feliciano no Ratinho 
 "Não tem um pai de família se manifestando contra mim"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Você fala palavrão?

 
 
A Palavra de Deus nos adverte que "não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Efésios 4:29, ARA). A nossa boca é fonte de benção e maldição, mas o apóstolo Tiago nos diz que isto não deveria ser assim (Tiago 3:10). Por isso, devemos cuidar do que sai dela. O termo torpe usado por Paulo significa corrompido (do grego sarprós), e, indica toda palavra ou conversa que em si seja prejudicial, desvirtue ou ofenda os ouvidos de quem a recebe; e, isto envolve desde palavrões, mentiras, até a maledicência.

O Senhor Jesus disse que a boca fala do que o coração está cheio (Mateus 15:18-19). Assim, entendemos que quando uma pessoa fala uma palavra torpe, ou corrompida, ela está manifestando uma condição de corrupção em seu coração, isto é, algo que ainda não foi transformado pelo Espírito Santo (Romanos 3:14). Deste modo, o seu testemunho é falso, porque as suas palavras contradizem a santidade de Deus.

A palavra dura que suscita a ira também é torpe, porque ela corrompe a busca de uma disposição pacífica das pessoas (Provérbios 15:1). Provocar a ira de alguém através da repreensão insensata, ou do grito, ou mencionando algo que desperta um doloroso trauma é pecado, porque estamos provocando uma fraqueza no outro, que provavelmente irá levá-lo a pecar. Em vez, de auxiliá-la em sua santificação, na verdade estamos suscitando pecados que deveriam ser mortificados, daí, corrompemos o outro com a nossa palavra e não edificamos.

Nenhum servo de Deus deve falar o que corrompe. Não devemos mencionar palavrões, contar mentiras, falar mal ou enfatizar os defeitos da vida dos outros, nem contar piadas indecentes, ou que ridicularizem com o nome de Deus. É nosso dever transmitir graça aos que nos ouvem, e não pecado. A nossa conversa deve nutrir as necessidades das pessoas e não corrompê-las. Assim, eu desejo a benção de Deus para a sua vida e graça para você!

Autor: Rev. Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Igreja Presbiteriana Porto Velho, via Bereianos

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Homossexualidade é pecado


Segue um texto muito interessante referente ao que a Bíblia nos diz sobre o homossexualismo, que é de longe o tema mais discutido atualmente. É dever de todo cristão saber o ponto de vista bíblico desse assunto, uma vez que os veículos de comunicação televisivos e impressos tentam nos empurrar goela abaixo o ponto de vista dos ativistas gays, sendo exemplo o programa Fantástico do último domingo, dia 7/04, em que houve uma verdadeira "catequese" do assunto, bons minutos dedicados exclusivamente em defender essa prática, não tendo a imparcialidade jornalística, com dois ou mais pontos de vista, para que o telespectador pudesse refletir e formar a própria opinião sobre o tema. Boa parte da população não apóia o movimento gay, por isso não devemos aceitar esse jornalismo parcial. Infelizmente boa parte da sociedade é moldada pela mídia, não se pode ter opiniao contrária à divulgada, pois há o perigo de ser rotulado de homofóbico. Respeitamos as pessoas que se declaram homossexuais, mas não aceitamos a prática homossexual, condenada na Bíblia, que é nosso manual de fé.

Verdade é: enquanto os olhos da população estão virados para essa Comissão de Direitos Humanos os condenados do mensalão estão na comissão mais importante da Câmara. Por que a mídia não incentiva a população a fazer o mesmo tipo de manifestação contra João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), condenados no julgamento do mensalão, e que agora fazem parte da CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania? Fica a pergunta. Segue o artigo.

Não é difícil crer que tem havido por muitos anos uma campanha organizada no governo e na mídia para promover um “entendimento” da homossexualidade. Dessa forma, a homossexualidade tem se tornado mais e mais aceita como algo “normal” em nossa sociedade. Mesmo a igreja tem, de modo geral, se rendido nessa questão.

Que a homossexualidade é aceita na sociedade e na igreja, contudo, não significa que ela é aceitável a Deus. A Bíblia fala claramente sobre a homossexualidade. E visto que a Bíblia é a Palavra de Deus, toda discussão deve começar e terminar com o que a Bíblia diz. Você sabe o que a Bíblia diz?

A Bíblia diz claramente que a homossexualidade é pecado. Alguns podem não concordar com o que a Bíblia diz, mas não pode haver dúvida que isso é o que ela ensina. O livro de Romanos, capítulo 1, versículos 26-32, por exemplo, chama a homossexualidade de uma afeição “infame” e fala dela como algo que é “contrário à natureza” – algo que Deus julgará.

    "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o  conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem."

Todos os argumentos de que a homossexualidade é genética, de forma que uma pessoa não pode fazer nada sobre isso, não mudam o que Deus diz em Sua Palavra. Nem podem os cristãos que creem na Bíblia ficar em silêncio sobre o que a Palavra de Deus diz, mesmo que a questão toda seja altamente carregada de emoção e política.

Porque a homossexualidade é pecado, a mesma coloca homens e mulheres debaixo da ira de Deus e em perigo dos Seus julgamentos. O mesmo capítulo e versículos de Romanos já mencionados nos dizem que o julgamento de Deus contra a homossexualidade e outros pecados é esse: aqueles que cometem tais pecados são dignos de morte.

Condenar a homossexualidade como pecado, contudo, não é excluir os homossexuais praticantes e aqueles que lutam com desejos homossexuais de qualquer esperança de salvação. A homossexualidade não é o pecado imperdoável. O sacrifício e morte de Jesus Cristo são a ajuda e esperança de todos os pecadores que se arrependem.

No livro de 1 Coríntios, capítulo 6, versículos 9-11, a Bíblia diz o seguinte de alguns membros da igreja: “Tais fostes alguns de vós”. Mas diz também: “mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.

    "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus."

Estamos mais interessados, portanto, que aqueles que estão envolvidos nesses pecados sejam chamados ao arrependimento e confissão de pecado diante de Deus. Possam aqueles que estão envolvidos em tais pecados, dizerem pela graça de Deus: “Tais fomos alguns de nós, mas fomos lavados e santificados”.

Autoria: Rev. Ronald Hanko
Fonte: Covenant Protestant Reformed Church
Tradução:  Felipe Sabino de Araújo Neto
Via: Bereianos e também Monergismo

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Remetente e o Destinatário



Não há nada mais “Mr Bean” do que enviar um cartão postal para si próprio e ficar feliz por ter recebido.  Deve ser engraçado você fazer uma lista de elogios e de palavras de incentivo a você mesmo e enviar para o seu próprio email, e depois mostrar para os amigos o elogio que foi recebido como se não tivesse sido feito por você mesmo. Pior ainda será se você chorar e se emocionar por ter recebido a carta ou o email, sentindo-se tocado pelas palavras lindas que foram escritas, como se não fosse tudo feito por você mesmo! Seria tão tolo quanto ridículo.

Jesus contou uma parábola interessante sobre o fariseu e o publicano, e disse: "Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano." (Lucas 18.10,11)

O fariseu orava de si para si mesmo. O fariseu orava “de si para si mesmo”. Não havia comunicação com Deus, havia uma coincidência, o remetente e o destinatário eram a mesma pessoa. Um certo orgulho, uma certa prepotência e autossuficiência estavam expressas ali naquela oração. Olhamos pra essa parábola e achamos que o fariseu em questão agia com hipocrisia, porém isso é muito comum nos dias de hoje.

Muitas músicas hoje fazem as mesmas afirmações, somos gente que canta de si para si mesma o tempo todo. Eu já fiz isso, confesso, perdão Senhor. Hoje penso em tudo que canto. Coisas tipo “Eu sou vencedor”, “Vou conquistar”, “Vou avançar”, “Deus vai fazer isso ou aquilo por mim”, “Sou importante para Deus”, “Meu testemunho vai impactar o mundo”, me soam como uma música de autoajuda, e não um momento de louvor.

Costumamos chamar isso de louvor, mas o que deveria ser algo vertical, ou seja, de nós para o nosso Deus, na verdade é horizontal, do homem para outro homem, e na maioria das vezes confundindo o remetente com o destinatário, de si para si mesmo. Entendo que às vezes cantamos versos das profecias de Deus a Israel, e nos enxergamos ali, compreendo que ao cantar o que Deus faz por nós exaltamos seu poder realizador.

Há canções muito lindas que contém testemunhos pessoais que glorificam a Deus. Mas é preciso reconhecer que muitas vezes cantamos que Deus faz coisas que ele não faz, sem saber se ele vai fazer, ou cantamos coisas que ele diz e que na verdade não disse, ou seja, mandamos a carta para o nosso próprio endereço. Colocamos na boca de Deus o que gostaríamos que estivesse lá. Na verdade canta-se de si para si mesmo. Vitórias e triunfos que emocionam, fazem chorar e levam o povo a uma catarse coletiva, mas Deus é apenas um espectador externo, nada chega a ele. Sai da boca do homem para o coração do próprio homem.

Tudo bem, de vez em quando, uma musica ou outra, vá lá, mas o tempo todo.
Valei-me Paulinho da Viola.
“Tá legal, eu aceito o argumento.
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada tá sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim...”

Não faça do momento de exaltação a Deus, apenas um momento de ativação motivacional para você mesmo.

E quanto às profecias? A mesma coisa. Fundamentalmente quem profetiza fala algo que vem de Deus para o homem. O profeta recebe algo que não é dele, não partiu dele, ele é apenas o mensageiro. O pregador prega o que leu e aprendeu de Deus, na palavra de Deus e nas experiências de vida proporcionadas e guiadas por Deus.

Hoje o mais comum é ouvir palavras de ordem como “Profetize”, ou seja “fale o que você quer, que Deus vai fazer por você”. Vemos na Bíblia profetas que receberam algo de Deus e resistiram em falar. Hoje o homem quer profetizar o que quer e Deus precisa resisti-lo. Quem manda em quem? Deus manda e o homem profetiza? Ou o homem profetiza o que quer, e Deus o obedece?


O remetente e o destinatário infelizmente em muitas situações têm sido a mesma pessoa. Pessoas são ensinadas a profetizar para si mesmas, ou virar para o irmão ao lado e profetizar o que quiser. O pior é que se emocionam, choram, eu já fiz isso!!! Deus do céu! Não foi Deus, foi o homem!

Se pudermos profetizar o que quisermos e assim obrigar Deus a realizar o que profetizamos, então qual a razão de se ter um Senhor? Os servos já dão conta do recado. Vamos dar férias para Deus! O que me entristece é ver uma multidão de feridos e decepcionados contra Deus. Cantaram, profetizaram e creram, e Deus não estava lá. Estão decepcionados contra Deus que não tem nada a ver com isso. Oraram de si para si mesmos. Cantaram de si para si mesmos, profetizaram de si para si mesmos, e Deus que estava de fora leva toda a culpa.

Acho mais honesto e bonito dizer ao meu irmão que desejo que ele seja bem sucedido, que oro e torço por ele, que creio que seja possível um milagre, do que dizer que estou profetizando o que Deus não me mandou profetizar, do que afirmar que vai acontecer o que Deus não disse que vai acontecer. É injusto. É brincar com coisa séria. É usar a boa fé de quem passa por problemas.

O pior é que quando uma profecia não se cumpre, a culpa é sempre de quem ouviu e não teve fé, nunca do profeta inconsequente que profetizou o que não veio de Deus. Creio que homens falam por Deus, ele já falou comigo através de muitos.Creio que posso cantar o que Deus faz, cantamos nossa história e isso também glorifica a Deus. O que eu não entendo é essa gigantesca movimentação nas agências dos Correios sem que Deus receba e nem envie uma só correspondência.

Autoria: Bispo Zé Bruno
Fonte: Blog Vetores
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