segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Infantilização da Vida Cristã


A primeira infância na vida de um ser humano é marcada por um forte sentimento egoísta. Ao nascer, a criança deseja para si o amor, a atenção, a proteção dos pais e o peito da mãe. Tudo caminha relativamente bem, até que ela toma consciência que o amor da mãe, expresso e manifesto de todas as formas possíveis, não é apenas seu. Esse amor “exclusivo” precisa ser dividido, compartilhado, repartido. O nascimento de um irmão mais novo, ou a tomada de consciência da existência de um irmão mais velho, com certeza desencadeará o ciúme, a rivalidade e a competitividade entre irmãos, que se manifestarão das mais diversas formas, podendo ir do sentimento de ódio ao ato homicida. Mais do que uma teoria psicológica ou psicanalítica, o fato é encontrado nas primeiras páginas do livro do Gênesis. 

 Em Gênesis 4.1 a Bíblia nos relata o nascimento de Caim. O primogênito de Adão e Eva gozou de todos os privilégios, de toda a atenção, de toda a proteção, de todos os cuidados, de todos os mimos, de todos os abraços, do peito, do colo, do afago, do amor. Tudo, na própria concepção da criança Caim era dele e para ele. Foi a partir de Gênesis 4.2 (considerando o nascimento de Abel subsequente ao de Caim), que as coisas começaram a mudar para Caim. Tudo que pertencia a Caim, como citado acima, teria que ser repartido com o seu irmão. Com certeza, os sentimentos que afloraram em Caim não foram diferentes daqueles que nos dominavam na infância, quando queríamos que aquele ou aqueles que “roubavam” de nós os privilégios e a exclusividade não existissem, ou pelo menos, que estivessem bem longe. Na primeira infância, não apenas sentimos tais coisas, mas somos por elas também movidos a agir, de forma que o ciúme e o ódio se manifestam em palavras e atos agressivos. 

Quem nunca tomou um brinquedo seu da mão do irmão? Mordidas, beliscões, tapas e socos nortearam o comportamento de muitas relações entre irmãos que se percebiam como rivais, que lutavam pelo direito de exclusividade e propriedade das mesmas coisas. Caim perdeu a exclusividade do amor dos pais, e inclusive, na condição de filho, da adoração a Deus. Tudo que possuía teria que dividir com Abel. Na medida em que envelhecemos, estes sentimentos infantis que geram disputas tendem a ser superados, ou ao contrário, podem nos dominar e serem reproduzidos nas mais diversas formas de relacionamentos adultos. Nesse caso, nem sempre a idade adulta cronológica é sinônimo de maturidade psicológica. Em Abel não havia maldade ou algum desejo de usurpar o que era de Caim. 

O irmão mais novo só queria o seu espaço. Deus se agradava de Abel: Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; (Gn 4.4). Caim ganhava anos de vida, mas seus sentimentos e emoções permaneceram os mesmos da infância, sempre lutando por aquilo que entendia ter sido roubado ou tomado por seu irmão. Deus, em razão disso, não se agradava de Caim: [...] ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. (Gn 4.5-7). No colo, no peito e nos braços da mãe há lugar para todos os filhos. 

A atenção, a proteção e a provisão do pai, da mesma maneira, são também suficientes para todos. Mesmo em tempos de escassez, os pais tratam de dividir com os filhos tudo por igual. O ciúme e a rivalidade alimentados por Caim culminaram com um sentimento e um ato homicida (Gn 4.8). As manifestações de rivalidades e contendas que vivenciamos ao longo de nossa vida adulta, mas nem sempre madura, geralmente são reproduções destes sentimentos de nossa primeira infância. É neste sentido que Paulo escreve aos coríntios: Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1 Co 3.1-3) Percebam que Paulo associa os ciúmes e as contendas ao fato dos irmãos em Corinto serem “crianças em Cristo” disputando coisas, lugares e preferencias. 

Nos dias atuais as coisas não são diferentes, e encontramos ainda “crianças em Cristo” na igreja disputando cargos, posições e privilégios. Uma relação transferencial acontece, onde os sentimentos que se tinham pelo pai são direcionados para Deus Pai e para o pastor-pai, e o sentimento que se tinha pela mãe, para a Igreja-mãe. Dessa maneira, as “crianças em Cristo” disputam a preferência, a atenção, a provisão e a proteção do Deus Pai e do pastor-pai, e a exclusividade do peito, dos braços, do colo e do amor da Igreja-mãe. Ao percebermos que isso não é possível, e que precisamos dividir com os outros irmãos na fé estas coisas, os instintos infantis brotam, e a velha e infantil rivalidade, briga e intriga ressurge. Podemos, inclusive, desejar a distância e a morte dos nossos irmãos na fé. 

O amadurecimento na vida cristã implica em entender que o Deus Pai, o pastor-pai e a Igreja-mãe têm amor e lugar para todos os filhos. Não precisamos ser irmãos rivais e competidores, mas leais e cooperadores. Precisamos ainda ajudar, consolar, socorrer, incentivar, apoiar e servir uns aos outros. Não devemos alimentar o ciúme e ódio infantil pelo fato de alguns irmãos ocuparem certos lugares e possuírem determinados dons e talentos. Completamo-nos através do que a cada um foi concedido em Cristo e pelo Espírito. Alcancemos assim a varonilidade perfeita, a maturidade (gr. teleios), a medida da estatura da plenitude (gr. pleroma) de Cristo (Ef 4.13). Vivamos em unidade, harmonia e em comunhão, para o louvor e a glória de Deus. Seguindo a verdade e o amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15). 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Líder de louvor: Você não é um rockstar


“Mas quando lembramos Quem é a audiência realmente, alivia-se a pressão de agradar os homens.”

Eu uso “líder de louvor” apenas no sentido de me referir ao cara que lidera a música. É claro, a adoração musical é apenas uma parte do louvor que acontece no Domingo. É apenas uma das velas acesas, ao lado da adoração por meio da pregação, da comunhão, do serviço, da entrega e de estacionar nas vagas mais distantes para que os mais velhos estacionem mais perto.

Mas quando as pessoas falam que gostaram do “louvor”, geralmente se referem à “banda”. E o primeiro a evitar isso deveria ser o próprio líder de louvor. Assim, aqui estão quatro dicas para o líder de uma banda…

Você não é um rock star

A tarefa do líder de louvor é não interferir na adoração, e redirecionar nossa atenção para Deus. Ele não fará isso se está mostrando sua habilidade de liderar. Líderes de louvor devem ser humildes. Devem se vestir com modéstia. Às vezes os músicos têm um estilo definido quando estão tocando durante a semana. Mas quando vão à frente, na igreja, sua marca pessoal é o mais importante. Quando um baterista reclama de ficar dentro do “aquário”, você já imagina que ele está mais interessado em se exibir do que em focar no Senhor. Quando o baixista pede por uma oportunidade de fazer um solo, aí está mais uma prima donna que você descobriu. O pastor precisa ser o principal responsável pela adoração musical. Se o líder da banda exige liberdade criativa, rejeita qualquer opinião dos líderes ou se torna impaciente com os limites impostos à escolha de músicas, então ele não é homem que você procura para essa tarefa. Ele precisa se inspirar em Etã, o ezraíta (veja o Salmo 89), não na Better than Ezra [Melhor que Esdras]

O conteúdo é o principal

O líder precisa entender que sua preocupação primordial é o conteúdo das músicas. Uma doutrina sólida deve ser a marca de cada letra. Ele pode até ter que mudar algumas letras para conformar a música ao padrão doutrinário da igreja; não há problema nisso.

Nós já fizemos isso em nossa igreja. O sentimental “He thought of me above all” [Ele pensou em mim, acima de tudo] se tornou o levemente mais correto “He showed His love above all” [Ele demonstrou Seu amor, acima de tudo]. Ao selecionar músicas e hinos para o culto, a preferência pessoal é um luxo. Se os grisalhos gostam de “Castelo Forte”, toque-a com alguma frequência. Se os músicos não gostam… e daí? Isso não é a banda de garagem dele, é o culto a Deus, feito pelo seu povo.

Menos é mais

A música está lá para apoiar a letra. Stuart Townend, músico muito conhecido, em um treinamento sobre louvor em Joanesburgo, falou a alguns líderes que, às vezes, é melhor se perguntar não “como eu deveria tocar para essa parte ficar melhor?”, mas “eu deveria tocar nessa parte?”. O que ele quis dizer é que há momentos em que é melhor silenciar os instrumentos e deixar as vozes da congregação encher o ambiente.

Serve como um bom lembrete que apitos, sinos e outros sons podem levar a congregação a se distrair. Exemplo: quando um guitarrista está fazendo um solo desnecessário, pense no que o resto de nós está fazendo. Estamos lá, em pé, assistindo. Penso que poderíamos usar esse tempo para admirar a glória de Deus na habilidade de sua criatura de improvisar. Mas na verdade, a maioria de nós fica só esperando a nossa vez de louvar a Deus.

Louve!

Os membros da banda não estão dando um show, estão adorando. Deus deve ser seu foco. É por Ele que eles chegam cedo para ensaiar e ficam até mais tarde desmontando os equipamentos. É por Ele que eles treinam, sozinhos, durante a semana. O Domingo é sua oferta para o Senhor. Eles precisam ser como o Little Drummer Boy e tocar o seu melhor para Deus (pa-rampam-pam-pam). Essa mentalidade também ajuda a banda a lidar com as reclamações das pessoas.

Na era do iPod, quando podemos ter todas as músicas que gostamos no bolso, na altura que quisermos, o estilo das músicas do louvor se torna um problema na maioria das igrejas.

Alguns querem ouvir mais o baixo, outros desejam que o baterista tire longas férias. Alguns gostam mais alto, outros querem ouvir suas próprias vozes. Esse tipo de coisa pode paralisar um líder. Mas quando lembramos Quem é a audiência realmente, alivia-se a pressão de agradar os homens.

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Para a Nossa Tristeza: A história da banda Exodos (autores da canção Galhos Secos) que foi expulsa da Igreja Batista

A música "Galhos Secos", da banda de rock cristão (da déc. de 70) Exodos, na polêmica performance de Jefferson e Suellen , se tornou o maior viral nacional desde que Luiza voltou do Canadá e sumiu novamente em Salvador.

Conheça mais sobre a Exodos, o grupo que compôs esta bela canção e foi excluído da igreja Batista em 1976 em um ato descabido de intolerância - um farisaismo musical que, para a nossa alegria, a nossa denominação deixou para trás há trinta anos.

A seguir, a nesta matéria do Renascer Prime e do Arquivo Gospel:



Êxodos é o nome da primeira banda brasileira de rock evangélico que se tem conhecimento. A banda iniciou sua formação em 1970 e a partir do ano seguinte começou a se dedicar ao rock. Em seus 7 anos de existência não chegou a gravar nenhum disco, mas agitou a mocidade da época, bem como provocou polêmicas dentro e fora da igreja, vindo a ser até matéria de reportagem da revista VEJA, por duas vezes. Uma das músicas da banda, Galhos Secos gravada pelos grupos SOM MAIOR, CATEDRAL e RUTHS, é conhecida até hoje.

O fim da banda aconteceu depois da pressão por parte de líderes da Igreja Batista, da qual faziam parte. Em 2007 a banda lançou seu primeiro cd com treze canções de seu repertório original, entre elas a música "Galhos Secos". Para adquirir, entre em contato: e-mail: bandaexodos@terra.com.br

Na entrevista concedida ao Arquivo Gospel em 20/06/2005, os integrantes Edson, Osvair e Osni falaram sobre a exclusão da igreja Batista, além da forte repressão que o rock sofria dentro das Igrejas Evangélicas.

Como e quando se deu o início da banda Êxodos?

ÊXODOS: Tudo começou em 1970. Fazíamos parte do grupo de adolescentes da Igreja Batista de Vila Bonilha em São Paulo SP quando nos conhecemos. Com uma formação musical obtida à base de professores particulares e muita intuição, iniciamos nossas apresentações na Escola Dominical (cultos de estudo bíblico realizado nas manhãs de domingo). Durante o momento do louvor entoávamos cânticos, chamados na época de corinhos, utilizando apenas dois violões e partes de uma velha bateria. Com o passar do tempo, os arranjos evoluíram para o rock que era o nosso estilo favorito. O som foi melhorando em qualidade e nossas vidas foram sendo lapidadas por Deus. Em 1971 passamos a compor músicas que eram tocadas nos cultos regulares da igreja. Recebemos de alguns membros incentivo moral e apoio financeiro; foi quando compramos uma aparelhagem nova. Nosso novo estilo de música rock não tradicional num templo evangélico, nossa maneira extravagante de se vestir e nossas letras que protestavam contra as emoções passageiras como drogas, bebidas, amor livre, e valorizavam uma nova vida em Cristo Jesus, foi contagiante e atraiu muitas pessoas para os então concorridos cultos da igreja; na maioria jovens não crentes que viam em nós algo diferente e descobriam que Jesus não era careta. Logo surgiram convites para apresentações em outros locais: igrejas de diversas denominações, acampamentos, festivais de música evangélica e, em todos eles, para nossa alegria, jovens tinham suas vidas transformadas; eram como flores brotando em galhos secos. Percebemos então que algo sobrenatural estava acontecendo: estávamos sendo usados por Deus. Colocamos nosso talento em suas mãos e foi assim que começamos.

Como é que surgiu o nome da banda? Por que o nome Êxodos?

Sendo Jesus a razão do nosso viver, sentimos uma nova vida dentro de cada um e logo no início passamos a nos apresentar como Conjunto Nova Vida, mas certo dia, olhando para os jovens à nossa frente enquanto tocávamos, percebemos que muitos buscavam essa nova vida, procuravam uma nova terra prometida. Escravos do vício, prisioneiros do pecado, estavam sendo libertos. Saindo como os hebreus do Egito eram vidas sendo transformadas por Deus. Surgiu daí o nome da banda: Êxodos.

Quem era quem na banda?

Iniciamos com: Edson bateria, Eli Baixo, Nelson vocal, Osny guitarra solo e Osvair violão e guitarra base. Em 1973, com a vinda do Lucas calu para a banda, evoluímos tanto na qualidade de voz quanto nos arranjos e daí surgiu a formação ideal e definitiva com quatro integrantes: Edson bateria, Lucas violão, guitarra base e vocal, Osny guitarra solo e vocal, Osvair baixo e vocal. O Lucas compôs algumas canções, entretanto a maioria das nossas músicas foram compostas pelo Osny e Osvair.

Como estão hoje os 4 integrantes da banda?

Atualmente estamos beirando os cinqüenta anos de idade e após o término da banda em 1977, ficamos afastados da Igreja por um bom tempo, mas continuamos firmes na fé. Continuamos convictos da importância de exaltar Jesus Cristo através da música gospel e sempre que possível, nos reunimos na casa do Osvair, montamos nossos instrumentos e fazemos um culto de louvor com novos cânticos, mas não deixamos de cantar algumas das canções da banda Êxodos que marcaram nossas vidas e a vida de muitos jovens nos anos 70.

Quantas músicas cristãs vocês chegaram a compor? Ainda continuam compondo?

Não dá para saber ao certo. Foram mais de cinqüenta músicas que fizeram parte do repertório da Banda Êxodos. O Osvair e o Osny não pararam de compor. Vez ou outra quando nos reunimos surge um novo cântico nos mais variados estilos. Agradeço a Deus por ter dado esse talento a eles.

Não houve nenhuma oportunidade de gravar um disco na época?

Estávamos prontos para gravar, mas o custo estava além de nosso alcance e a igreja que freqüentávamos ficava na periferia de São Paulo e não dispunha de recursos financeiros suficientes. Procuramos um estúdio ou gravadora evangélica, mas acho que não havia, pois não conseguimos encontrar. A mídia não divulgava a música evangélica como hoje em dia e, infelizmente, forçados a parar com o conjunto, pouco ficou registrado.

Como vocês foram parar em duas reportagens da Revista VEJA daquela época?

A primeira reportagem, VEJA nº 273, de 28 de novembro de 1973, refere-se à Semana de Oração, promovida pela Associação Cristã de Moços - ACM de Pinheiros, em São Paulo, que reuniu em um ginásio de esportes, católicos, batistas, presbiterianos, pentecostais e metodistas, para uma confraternização ecumênica. Foram apresentados palestras, jograis, debates e diversas outras atividades pelos representantes de cada denominação. Nossa banda foi convidada pela ACM para se apresentar no encerramento do evento e dirigir o louvor e, por esse motivo, fomos citados na reportagem como participantes.A segunda reportagem, VEJA nº 428 de 17 de novembro de 1976, refere-se à nossa saída da Igreja. Na ocasião, fomos procurados por uma repórter que disse ter visto uma de nossas apresentações, mas não me lembro os detalhes ao certo. Após saber do ocorrido, ficou interessada em nos entrevistar.

Vocês tocaram por 3 anos no templo da Igreja Batista de Vila Bonilha, em São Paulo. Como eram essas apresentações?

No domingo sempre demos prioridade à igreja. Nossas apresentações em outros locais eram realizadas aos sábados. Na Escola Dominical acompanhávamos a classe de jovens e adolescentes em suas apresentações. À tarde fazíamos o culto ao ar livre em praças do bairro utilizando apenas violões. Já os cultos da noite eram concorridos; muitas vezes havia a necessidade de se fazer dois, tal era a quantidade de pessoas, na maioria jovens que vinham na igreja para ver e participar de algo diferente dos padrões evangélicos para a época. E quando retornavam no outro domingo sempre traziam mais alguém com eles. Geralmente eram tocadas quatro ou cinco músicas de nosso repertório e depois a gente dirigia o louvor.

Vocês participaram de outras atividades e igrejas, além da Igreja Batista de Vila Bonilha?

Nosso conjunto participou por duas vezes do festival de músicas evangélicas em Itajubá-MG. Na primeira vez em 1972 ganhamos com a música Maravilhas que Cristo fez por mim e no ano seguinte ficamos em terceiro lugar com a música Galhos Secos. Também participamos em um programa na TV Gazeta, acampamentos, encontro ecumênico realizado na ACM, encontro de jovens. Éramos convidados para tocar em Igrejas de diversas denominações: Batista, Presbiteriana, Pentecostal, mas infelizmente o Rock não era bem visto pelos conservadores da época que diziam: "O rock é do diabo; se tocarem qualquer disco de rock ao contrário ouvirão mensagens demoníacas".

No início a banda tocava, como vocês diziam, um "som maneiro" que agradava muita gente. Mas como era esse som?

Apesar de roqueiros convictos, sabíamos que esse estilo de música dentro de um templo evangélico não era bem aceito na época e com certeza provocava reações contrárias. Alguns membros davam total apoio, mas infelizmente uma grande parcela se mostrava descontente. Mesmo vendo a igreja lotada diziam: "vocês precisam maneirar". Preferiam o estilo tradicional norte-americano. Permitiam apenas alguns corinhos lentos e tocados dentro de uma certa rigidez formal, sem muita bateria, sem gestos ou palmas, ou seja, sem liberdade de espírito. Para não fazer frente à oposição e respeitando a hierarquia da igreja, tocamos por muito tempo uma ou duas músicas mais agitadas, que era o polêmico rock, e depois duas ou três um pouco mais lentas, com arranjos maneiros "suaves".

Depois vocês evoluíram para um controvertido "rock pauleira". Quais foram as novidades desse novo som do Êxodos? Houve influências diretas da música de cantores e bandas não-evangélicas da época?

Durante os ensaios e sempre que convidados a nos apresentar em outros locais, a banda tocava normalmente as músicas do repertório. Nosso objetivo sempre foi o de louvar a Deus com o talento que ele nos deu, sem a preocupação de evitar essa ou aquela música e com certeza o rock pauleira que talvez para os dias de hoje nem fosse tanta pauleira assim, já era tocado.

A evolução para o rock pauleira, conforme reportagem feita pela revista Veja em novembro de 1976, foi quando decidimos que em nossa igreja não iríamos mais maneirar. Era um momento de romper barreiras, quebrar preconceitos. Era um movimento do Espírito Santo que estava acontecendo. Começamos a nos perguntar: Será possível um dia adorar a Deus com liberdade de expressão? Porque os jovens crentes não podem louvar ao Senhor tocando rock evangélico? Era importante fazer alguma coisa e decidimos então tocar com sinceridade e do jeito que Deus colocou em nossos corações, pois temos que oferecer o melhor para ele, e não ficar presos à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Quanto às influências de bandas não-evangélicas, houve sim, pois o rock nacional contagiava muitos jovens com músicas de protesto, devido às restrições impostas pelo regime militar. Bandas como os Mutantes, o Terço, e o Made in Brazil, de excelente qualidade, trouxeram novas técnicas influenciando nossos arranjos. Era preciso estar atualizado e não havia referências no meio evangélico, mas sempre nos preocupamos em divergir desses três conhecidos luzeiros do rock nacional em razão de um compromisso com Deus.

Como é que foi esse incidente com a vizinha da igreja que se incomodou com o "rock pauleira" da banda e queria dar queixa à polícia?

O movimento contra nosso estilo de música na igreja era latente, entretanto não havia para os conservadores razões que justificassem ou impedissem nossa permanência, pois a igreja estava crescendo, os cultos eram uma benção e o pastor Samuel de Andrade, nos dava total apoio. Sempre soubemos respeitar os horários estabelecidos pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e até havia um bom relacionamento com essa vizinha. Posteriormente, convencida por alguns membros, a vizinha mudou de lado, passou a nos combater não importando qual fosse a hora. Dizia que não suportava o estridente som do Êxodos. E o incidente só não evoluiu para uma situação mais delicada porque o pastor Andrade convenceu a vizinha a não apresentar queixa à polícia, como ela ameaçava, argumentando tratar-se de um assunto interno de seu templo e de sua inteira competência. Naquela época, a igreja tinha como dever, promover a ordem dentro de princípios morais estabelecidos pelo regime militar através do AI-5 (Ato Institucional do Ministério da Justiça). Para os que faziam oposição ao pastor e ao nosso conjunto, esse fato caiu como uma luva, agora tinham um motivo. Inflamados em uma reunião diziam: fora com esses rebeldes, fora com o Êxodos !

Quer dizer que havia, também, membros na própria Igreja Batista de Vila Bonilha que queria o fim ou a saída da banda Êxodos?

Sim, alguns membros eram contrários ao nosso estilo de música e não aprovavam a utilização de instrumentos musicais como guitarras e bateria dentro do templo. Não era uma questão pessoal; apenas preferiam o estilo tradicional e essa atitude talvez ainda ocorra em algumas igrejas nos dias de hoje. Promoveram uma seção extraordinária e com a maioria dos votos decidiram que deveríamos parar de tocar. Temos que saber respeitar os diversos pontos de vista e prefiro não julgar se estavam certos ou errados.

Houve outros incidentes semelhantes a esse da vizinha?

Bom, os demais incidentes se resumem ao nosso estilo de música, mas aqueles que nos convidavam sabiam como era o som. Por vezes nos impediam de tocar no templo, o que para nós não era surpresa. Sem problemas, íamos lá pro salão da mocidade, pois o que importava era adorar em espírito e em verdade. Graças a Deus, incidentes semelhantes ao da vizinha não houve.

Como se deu a "exclusão" de vocês da igreja?

Apesar de ouvir tantas barbaridades, de muitas vezes ser impedidos de tocar no templo e convidados a tocar no salão da mocidade, continuamos firmes na certeza de que estávamos louvando a Deus e valorizando a nova vida através da fé em Cristo Jesus. Porém ao sermos convidados a sair da Igreja ("excluídos") em 1976, na época tínhamos entre 18 e 20 anos de idade, entendemos que não adiantava insistir. Os ditos roqueiros não eram vistos com bons olhos pelo governo e conseqüentemente pela igreja, então resolvemos parar, fato esse registrado pela Revista Veja nº 428 de 17/11/1976 com o tema Rock proscrito: No porão, o ensaio do Êxodos: o "rock pauleira" foi a perdição. Acho que aquela ainda não era uma época apropriada para se tocar rock no meio evangélico.

Depois de "excluídos", por que vocês não conseguiram se firmar mais em outra igreja evangélica?

Para quatro jovens batistas, familiarizados com a doutrina, era difícil aceitar outra. Durante nossas apresentações conhecemos diversas igrejas de diversas denominações. As que nos deram maior apoio foram as igrejas pentecostais, e a que aceitou por diversas vezes nosso som dentro de seus templos, sem ressalvas, foi a Igreja Brasil para Cristo. Depois de convidados a sair "excluídos", a tristeza bateu forte, demoramos a aceitar o fato e ficamos profundamente decepcionados. Era uma época difícil, protestos e passeatas geralmente feitas por jovens contra o regime militar eram proibidas. A maioria dos jovens eram taxados de rebeldes e talvez por isso ninguém apareceu para dar uma palavra de conforto ou orientação. Não procuramos outra igreja por achar que ninguém iria querer uma banda de rock. Ficamos parados, desanimados e completamente perdidos. Esquecemos de dobrar nossos joelhos e orar. Hoje sabemos que a atitude de um servo de Deus diante das dificuldades é nunca desanimar, mas dobrar os joelhos e pedir ajuda em oração. Agir conforme diz a letra de um cântico daquela época: Quem tem Jesus gosta de cantar, está sempre sorrindo mesmo quando não dá, tropeça aqui ou cai acolá, mas depressa levanta e começa a cantar.

Depois que vocês saíram da igreja, o que aconteceu com o pastor Samuel de Andrade? Por onde ele anda hoje em dia?

Posteriormente à nossa saída da Igreja o Pastor Samuel, que nos dava total apoio, provavelmente ficou com problemas naquele lugar. Como eu não estava mais freqüentando o local, apenas sei através de alguns amigos que, poucos meses da nossa saída, ele também saiu da igreja, deixou o ministério de pastor e atualmente está como membro em uma Igreja Batista de São Paulo.

E hoje, vocês estão freqüentando alguma igreja?

Em 1984 comecei a freqüentar a Igreja Bíblica da Paz, ficando como membro até 1991. Atualmente tenho participado apenas como visitante em algumas igrejas de São Paulo. O Osvair está freqüentando a Igreja Assembléia de Deus. O Osny tem visitado diversas igrejas juntamente comigo e com o Osvair, mas ainda não se decidiu por uma delas. O Lucas mudou para Santos e não está freqüentando nenhuma igreja.

A Igreja Batista de Vila Bonilha continuou seus cultos com a "casa cheia" depois que vocês saíram?

Pelo que pudemos saber, a igreja sofreu uma significativa redução na quantidade de freqüentadores. Muitos de nossos amigos e irmãos em Cristo estão hoje em outras igrejas.

Você disse que esteve visitando recentemente a Igreja Batista de Vila Bonilha. Como foi essa visita?

Foi durante uma tarde, apenas para ver como estava o lugar. Não fui ao culto, apenas passei em frente, e acabei encontrando um irmão que era membro da igreja na época da nossa banda. Ele disse que a igreja não tem mais a quantidade de freqüentadores que havia naqueles tempos, muita coisa mudou e que todos daquela época saíram.

Quem vocês conheciam no meio evangélico, dos anos 70, que tocava rock cristão?

Que tocava rock cristão, ninguém. E olha que viajamos por várias cidades no interior de São Paulo e até outros estados.

A canção Galhos Secos, conhecida até hoje, foi gravada pelo Som Maior e o Catedral. Tem outras canções do Êxodos que foram gravadas por outros cantores e grupos?

Gravadas não. Sempre tivemos a esperança de gravar primeiro antes de outros cantores ou grupos, mas infelizmente não foi possível. Hoje pensamos diferente; foram músicas dadas por Deus e consagradas para seu louvor. Se houver interesse de algum grupo, é só entrar em contato que iremos autorizar.

Deixem uma mensagem aos internautas do Arquivo Gospel:

Amado, você não vive pelas decisões de homens e preconceitos; você vive pelos princípios da Palavra de Deus. Permita que o Espírito Santo encha sua vida com sonhos que vêm do céu; faça aquilo que Deus colocar em seu coração mesmo que para isso tenha de romper barreiras. Ofereça o melhor para Ele, não fique preso à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Expulse a incredulidade e dê espaço amplo para a fé agir na sua vida. Consinta que o seu coração seja inundado com novos pensamentos e desejos de consagrar-se com mais fervor ao Senhor, mesmo diante das adversidades. Para tanto, você tem que conhecer bem a Bíblia, saber expor a doutrina, e ficar firme diante dos vendavais constantes que nos atingem. Há momentos que na vida perdemos alguma coisa e surge a tristeza. Pessoas podem causar decepção ou aborrecimento, seja por falta de vigilância ou pelos cuidados do mundo. É nessa hora que estamos à mercê do inimigo, somos enlaçados e envolvidos. É preciso pedir ajuda. Se não corrermos para o altar do Senhor, em busca de auxílio e solução imediata para o problema, seremos vencidos e escravizados pelo pecado. A indicação certa para a restauração de nossa vida está em Jesus.

Fonte: Arquivo Gospel, via Genizah

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Apóstolo Valdemiro Santiago abriu negociações para tentar comprar a MTV no começo do ano

O apóstolo Valdemiro Santiago teria negociado com o grupo Abril a compra da MTV, em Janeiro deste ano. A informação é do jornalista Daniel Castro, colunista de televisão do portal R7. Segundo ele, as tratativas entre o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus e a direção do grupo Abril foram encerradas no último mês de Março.

A MTV atravessou uma das piores crises financeiras da história do canal no Brasil no segundo semestre do ano passado, e foi alvo de desejo de outros dois grupos de comunicação internacionais: os americanos da News Corporation, dona do canal Fox e o conglomerado português Ongoing.

O jornalista afirma que Santiago tentou a compra pois “a MTV seria para ele uma oportunidade rara de adquirir uma emissora com cobertura nacional, embora limitada”.

Segundo a revista Veja, outras duas emissoras com problemas financeiros se tornaram alvo do líder da Mundial. Valdemiro Santiago teria tentado comprar a RedeTV!, porém havia desistido devido ao tamanho da dívida da emissora, e a CNT, emissora com sede em Curitiba e que também atravessa crise financeira.

Fonte: Gospel+

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Pastor Yousef Nadarkhani escreve carta a cristãos do mundo inteiro


Pastor Yousef Nadarkhani corre o risco de ser executado por apostasia no Irã. Ele escreveu esta carta na prisão em janeiro de 2011, poucos meses depois de receber o veredicto por escrito confirmando sua sentença de morte. O pastor permanece preso em Rasht, sob a ameaça de uma execução que pode acontecer a qualquer momento

"Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”.

Portanto, tambem nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos foi proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Hebreus 12:1-2.

Quando alguém compreende a revelação da verdade, essa pessoa estará disposta a compartilhá-la com outras pessoas e com as gerações futuras. Somos gratos às pessoas que, no passado, lutaram pela Verdade, que nos permitem ter acesso a esta gloriosa revelação de Jesus Cristo. Esses crentes entenderam a riqueza e a beleza da revelação, e estavam prontos para lutar a fim de passar adiante o fruto da revelação.

Como podemos dar frutos semelhantes para a vida eterna? Depende das escolhas que fizermos. Primeiro temos que fechar os ouvidos para a voz das trevas, como está escrito no salmo primeiro: Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmo 1:1.

A segunda coisa é abrir os nossos ouvidos à voz do Espírito falando através da Palavra de Deus, como está escrito: Mas o seu prazer está na lei do SENHOR, e na Sua lei medita de dia e de noite. Salmo 1:2.

O fruto da comunhão com o Senhor através da Sua Palavra Vivificante é o que garante a estabilidade nesta vida e impacta a vida de outros gerando frutos eternos, como dizem as Escrituras: E ele será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Salmo 01:03.

"Um passo de fé"

Muitas pessoas admiram Jesus como um modelo único a ser seguido por gerações, muitos gostariam de imitá-lo. Jesus não veio para ser apenas admirado, mas nos trouxe um modelo perfeito a ser seguido. Se queremos ser como Ele, precisamos dar um passo de fé, como Pedro. Quando Pedro viu o seu Senhor andando sobre o mar furioso, ele pediu para ir ao encontro de Jesus sobre as águas. Então Jesus disse: "Vem!".

Todos quanto escolheram seguir o Senhor, de alguma forma ouviram antes uma ordem D’ele, dizendo: "Vem!" Uma ordem que implica um passo de fé. Como é evidente nas Escrituras, aquilo que somos capazes de ver não é fé. A fé é bíblicamente definida como: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem."

Temos que dar um passo de fé "apesar das dificuldades" ", a fim de experimentar o poder de Deus. Mas precisamos lembrar que tudo deve ser feito de acordo com a Palavra de Deus. Pedro não experimentou a possibilidade de andar sobre as águas porque ele simplesmente decidiu abandonar o barco, mas por causa da Palavra, da Ordem do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que "deveremos passar por dificuldades" e desonra por causa do Seu Nome. A nossa fé não será genuina se ignorarmos estas palavras, se não manifestarmos a paciência do Senhor em nossos sofrimentos. Qualquer um que ignora-las será envergonhado naquele dia.

É bom lembrar que muitas vezes o passo de fé nos coloca diante de algumas dificuldades. Assim como a Palavra levou os filhos de Israel a sair do Egito e os colocou diante de um obstaculo chamado Mar Vermelho. Essas dificuldade se colocam entre as promessas de Deus e cumprimento delas e servem para desafiar e fortalecer a nossa fé. Os crentes devem aceitar esses desafios como uma parte de sua caminhada espiritual. O Filho foi desafiado no Calvário, no caminho mais difícil, como está escrito nas Escrituras: "Durante os dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em voz e com lágrimas, Àquele que O podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da Sua reverente submissão; Embora sendo Filho, Ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu ". Hebreus 5:7-8.

O clamor "Eli, Eli, lamá sabactâni?" É suficiente para expressar os sofrimentos de nosso Senhor no Calvário. Por trás desse pedido de socorro, podemos identificar a grande fé que O levou a aceitar a vontade do Pai. Sim, Ele sabia que Deus não permitiria que "seu Santo sofresse decomposição”, e que, em três dias, ele ressuscitaria dentre os mortos. Além do poder da morte, o Senhor enxergou o poder da ressurreição vitoriosa.

Eu não preciso escrever mais nada sobre a base da fé. Lembremo-nos que indenpendente de momentos bons ou ruins, apenas três coisas permanecem: a Fé, a Esperança e o Amor. É importante para os cristãos se certificarem que tipo de fé, esperança e amor permanecerão. Somente o que recebemos de acordo com a Palavra permanecerá para sempre. Eu quero encoraja-lo a viver de forma digna do chamado da Santa Palavra. Permitam irmãos, vocês que são herdeiros da glória de Cristo, serem exemplos para outros, a fim de ser um testemunho do poder de Cristo para o mundo.

Peço-lhes que vivam segundo a Palavra de Deus, a fim de rejeitar as ações das trevas que geram dúvidas em seus corações. A verdadeira vitória que elimina as dúvidas, vem pelo ouvir a Palavra de Deus com fé.

Somente uma igreja baseada nos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo subexistirá, longe do auxilio e da proteção da Palavra de Deus o devorador a destruirá.

“Vamos dar um Testemunho Santo. "

Seu irmão em Cristo,

Youcef Nadarkhani

Fonte: Portas Abertas
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