segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Por que os Jovens Evangélicos estão se desviando da Fé na Universidade?


As estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que em média, 60% dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o esfriamento da fé da juventude cristã:

1- Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade. Na verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferencendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando publicamente todos aqueles que se dizem cristãos.

2- Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblicos-cristãos.

3- Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé. Nesta perspectiva os conceitos “simplistas” de alguns dos nossos rapazes e moças tem sido facilmente descontruídos num ambiente onde o cetiscismo e a incredulidade se fazem presentes.

4- Nossos jovens tem sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa por exemplo transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.

Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então?

1- A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é infalível Palavra de Deus.

2- A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude “armas” espirituais capazes de anular sofismas.

3- A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus inquiridores o porque da sua fé.

4- A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens.

5- A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização “mundanizaram” a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.

6- A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida.

Que Deus nos ajude diante hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.

Fonte: Renato Vargens

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com você pois bacharel em Comunicação Social em 1986, pela UFPB, jornalista há 30 anos e pude perceber no ano de 1980.2 entrando a faculdade me choquei com um aviso convocando todas tipos de "classe sexuais" para reunião e sou testemunha ocular de um casal fazendo e divulgando "amor sexual" em plena grama do DAC da UFPB. Mas em outros departamentos existem só que mais discretos mas isso hoje dizem ser normal. Das universidades até aos seminários religiosos tem com índices e de formas diferentes. Sou evangélico desde 1987 e em 2005 consagrado a pastor. Que tal as Igrejas realizarem um discipulado de seis meses para os que estão no 2º ano ou terminaram o 3º ano?

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  2. Concordo com o Walter Bezerra, há falta de discipulado, ensino aos jovens da igreja. Não se deve estudar apenas conteúdo especificamente bíblico, mas cabe a igreja também ensinar aos jovens como se portar no meio dos ímpios, no que deve ou não participar.

    Pela falta de experiência desses jovens, eles acabam provando de tudo o que é novo para eles, causando a distancia da igreja, do Evangelho.

    Andry Bastos

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